sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Diário: sexta

Ontem à noite cheguei de volta à Galeria em torno de uma da manhã. Estava muito legal o ambiente da residência. Super-quietinho, eramos poucas pessoas. Uma música da Mercedes Sosa ao fundo, luz baixa, um verdadeiro oásis para o espirito. Fiz um café forte, abri uma barra de chocolate(amargo,bem amargo) e pronto, meu cansaço foi embora. Acho que fiquei lendo, desenhando e pensando sobre arte até quase quatro da manhã. Viver dentro de uma galeria tem este poder: você entra, e não tem jeito de não "estar arte". Existe uma "supraconsciência" pairando no ar, é como se fossemos espectadores o tempo todo, de cada gesto, de cada ação. E cada gesto ou ação quer ser arte, ou melhor, é arte.

A surpresa da manhã é que hoje teve aula de Yoga para o pessoal da residência. Evento paralelo organizado pela Eva, uma das residentes. Adivinha onde foi a aula? No mesmo lugar de sei lá, 20 anos atrás... Que coincidência. Parece que o círculo da minha residência vai se fechando. Fiquei pensando sobre isso. Escrevi algumas notas que vou publicar no final da residência, no 7ºdia.

De concreto, levei o violão para a Galeria (mas ainda não tive coragem de tocar, acho que meu repertório pode ser um pouco over e afastado no tempo para o restante dos residentes) coloquei meu sapo na "galeria de brinquedos" (já é o 4ºelemento da minha coleção), e iniciei a recriação do meu espaço. A partir da noção de território (palavra tomada emprestada da Mangala) e da minha obcessão com organização/variação/numeração comecei a visualizar outras combinações possíveis dos elementos que compõem o conjunto dos meus objetos.

Hoje a tarde saí para comprar alguns materiais para o meu projeto final, o qual estou planejando montar no domingo. Ontem a noite ele foi tomando forma, e agora a tarde acho que mais ou menos fechou.
São seis e meia, vou pegar o Phil no serviço e voltar para a Galeria.

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